As mais recentes projeções da Reserva Federal dos EUA


Embora já se esperasse que o Fed mantivesse as taxas de juro inalteradas no intervalo de 5,25-5,50% na reunião da semana passada, todos os olhares estavam voltados para as projeções económicas divulgadas trimestralmente e, mais importante, para o novo dot plot, uma vez que este forneceria as melhores pistas sobre quando e em que medida o Fed começaria a cortar as taxas de juro.

Apesar das leituras de inflação (CPI) de janeiro e fevereiro terem sido mais fortes do que o esperado, a mediana das projeções dos membros do Fed ainda aponta para um total de cortes de 75 pontos base (pb), provavelmente dividido em 3 cortes de 25 pontos base cada. Na verdade, as projeções mostram-nos que os 75pb parecem agora mais prováveis do que em dezembro, com 9 membros do FOMC a apoiá-los (contra 6 em dezembro). Esta alteração foi considerada como uma atitude hawkish, dado que houve uma mudança clara dos membros que esperavam 100pb (ou mais), em direção aos 75pb.

Para 2025, os participantes esperam agora 3 cortes, abaixo dos 4 de dezembro, e em 2026, continuam a ser previstas três reduções nas taxas de juro.

Na conferência pós-reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, referindo-se ao processo desinflacionário, classificou os dados recentes da inflação apenas como “solavancos”. Powell advertiu ainda que não se pode considerar dados referentes a dois meses como uma “tendência”.

Na verdade, embora o Fed acredite que a inflação será mais persistente do que o esperado (comprovado pela revisão em alta da inflação core para 2024), ainda está confiante de que a inflação, tanto a headline como a core, atingirá a meta de 2% em 2026.

Outro ponto que ficou claro é que a probabilidade de uma recessão na economia americana está a diminuir. De facto, o crescimento do PIB foi revisto em alta em 0,7 pp para este ano e em 0,2 pp para os dois anos seguintes, reforçando novamente a ideia de um soft landing.

Referindo-se ao mercado de trabalho, Powell afirmou que, embora tenha dado sinais de abrandamento, é pouco provável que enfraqueça inesperadamente, o que se reflete na revisão em baixa da taxa de desemprego para este ano.

Imediatamente após a reunião, os investidores reavaliaram as suas expectativas para o primeiro corte nas taxas e aumentaram a probabilidade de um corte em junho de 57% para 69%.

Em suma, apesar das revisões das projeções terem sido bastante otimistas, ainda se continua a perspetivar 75pb de cortes nas taxas de juro para este ano, reforçando assim as expectativas de mercado para o primeiro corte em junho.

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